30 de set. de 2010

Porto

É um cais de porto, e o navio está já prestes para ir
Serão vencidas grandes tempestades e tormentas
Alguns chegarão ao fim, outros antes disso vão partir
Todas, afinal, são almas por aventuras sedentas.

Haverá os dias de noites longas, frias e solitárias
Haverá horas de comunhão e também as cheias de aflição
Terão histórias tanto reais quanto as imaginárias
Histórias repletas de medo, de amor e de muita ambição.

É um cais de porto, e o nosso navio está pronto para partir
Para o oceano da vida, para aquele que se considerar desperto
Para quem permitir o oceano por baixo de si apenas fluir
Para aquele que puder aceitar navegar para um destino incerto.

É um cais de porto, o navio está prestes a zarpar
Obviamente haverão as esperançosas, tristes e as difíceis despedidas
Mas há todo um universo aberto para se abraçar
Mesmo que se sinta do adeus a dor, a dúvida e a tristeza desmedidas.

É um cais de porto, alguns nessa viagem irão embarcar, outros aqui irão ficar
No horizonte iluminado, o sol devagar se esconde atrás da imensidão do mar
Pode ser que você deixe aqui nesse cais aquele por quem foi um dia se apaixonar
Mas nessa viagem, não há quem antes saiba o que perdeu, para então encontrar.

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