30 de set. de 2010

Morrendo

Somos seres humanos, somos almas dentro de corpos finitos. Aceitar a percepção de que nosso corpo é passageiro enquanto o que somos é constante é percebermos a nossa magnitude e nossa efemeridade. Quando nos percebermos numa situação de aflição e angústia, se tentarmos elevar os nossos olhos como se fôssemos um pássaro que observa de cima o mundo abaixo dele é tornarmos possível enxergar o nosso problema como se ele não nos pertencesse mais. Buscar outros ângulos de observação é assumirmos que por mais dilacerante que nos seja um momento, ainda assim esse instante será mais efêmero que a existência de nossa vida nesse corpo, nesse instante. Vai passar. O que nossa essência (ou espírito) levará de aprendizado dentro dela devido a esse período é o que nos restará como lembrança e conquista. Que possamos tornar essa conquista o melhor possível, enquanto padece o corpo e a efemeridade inerentes a ele.

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