26 de out. de 2011

Gordon Brown: Criando uma rede para o bem global | Video on TED.com

Gordon Brown: Criando uma rede para o bem global | Video on TED.com

25 de out. de 2011

Algumas reflexões (Parte I)

PARTE I Geralmente depois que escrevo alguma coisa fico a pensar que o que eu escrevo é na verdade bastante óbvio. Então, me pergunto o que me faz escrever sobre o que é óbvio. Escrevo porque parece que ainda que seja óbvio, a diferença entre o que se sabe na teoria e na prática parece ser cada vez maior... Vamos vivendo nossas vidas, nosso dia a dia cada vez mais ocupados e preocupados com nossa sobrevivência, nosso sustento e nossos objetivos. E tem mesmo que ser assim. Mas acredito existir a possibilidade de um equilíbrio entre o que são nossas ocupações, nossa luta por nosso sustento e sobre a pessoa que somos. Por que será que muitas vezes esquecemos de olhar para nós mesmos para podermos “cuidar” de nós? Não consigo aceitar que a ignorância de quem realmente somos seja a única alternativa possível para nossa sobrevivência. Isso não faz qualquer sentido. É como se passássemos a vida a seguir um caminho, sem sequer nos darmos conta do lugar em que estamos ou do que realmente queremos. Passamos a vida a buscar, não a viver. Vamos ao trabalho, às compras, aos compromissos. Vamos e vamos. Sempre a ir. Mas lembramos de nós pelo caminho? Lembramos mesmo de quem somos, daquilo que queremos, do que buscamos para nós? Lembramos-nos dos nossos sonhos, desejos, ideais, propósitos? De alguma forma, é como se mantivéssemos uma espécie de “piloto automático” para a vida. Mas a vida passa, e queremos passar mesmo por ela em modo “automático”? Não acredito que alguém realmente possa querer isso. Não se realmente chegar a pensar sobre isso. E existe alternativa? Existe, existe sim. A dificuldade disso é que ao longo do tempo de nossas vidas passamos por algumas “formatações”. Através daquilo que nos ensinam desde nossa infância e também na escola, no trabalho, no nosso círculo de amigos e família. Fomos “formatados” para nos destacar, para fazermos bem nossas obrigações, nossas responsabilidades. Para sermos realmente bons em qualquer coisa que façamos, isso para não dizer que se quisermos “vencer”, temos que ser os melhores. Um comportamento essencialmente competitivo, que hoje e cada vez mais se reflete nas coisas mais simples. Se você quiser ter muitos amigos, seja sempre alegre, simpático. Se você quiser reconhecimento, seja o melhor aluno, o mais empenhado e estudioso. Se você quiser se destacar no trabalho, seja o mais competente, o mais dedicado. Se você quiser parecer bonito (a), use as melhores roupas, tenha o melhor corpo, cuide bem da sua aparência. Estamos mesmo a falar de seres humanos? Que valores são esses?? São valores que fomos ensinados (formatados) para ter, afinal, nos ensinaram sobre a lei do mais forte, sobre o quanto nossa sobrevivência depende de sermos os melhores para termos as melhores coisas e conquistarmos os melhores lugares. Mas isso não é a verdade sobre a essência do ser humano. Essa apenas é a verdade sobre a essência do capitalismo, da falsa “democracia” em que vivemos, do ambiente e do sistema que temos a nossa volta. Não é de admirar tantas pessoas a se sentirem “sós” e refugiarem-se cada vez mais em tecnologias como redes sociais virtuais, jogos virtuais e coisas do gênero. Não há democracia alguma nisso, quando o “peso” da opinião de uma pessoa varia de acordo com o “poder” que essa pessoa possui. Isso passa longe de qualquer conceito ou ideia de fraternidade, de igualdade, de “bem comum”. Mas as coisas são um pouco mais profundas que isso. Esse comportamento está mais enraizado em nós do que isso. O que supostamente nos diz sobre a igualdade entre os homens também é o que promove o julgamento de uns para com os outros. Aquilo que deveria nos fazer vermos uns aos outros como iguais e irmãos é o que nos faz sentirmos superiores ou melhores que aqueles que supostamente nos são iguais. Que valores são esses?? Se hoje eu sei ou posso mais que outra pessoa, não é porque eu sou melhor. É porque tive oportunidades que a outra pessoa não teve. E se somos iguais, se vivemos democraticamente, como podem existir oportunidades diferentes para uns e outros? Como pode haver fome e falta de abrigo? Que sistema “democrático” é esse? E tudo isso seria redundante, e esse tempo que estou aqui escrevendo seria só mais um desfilar de palavras óbvias se não existisse solução. A solução existe, a dificuldade é que a solução implica trabalho. O custo da solução é termos coragem de abrir mão da nossa zona de conforto apática e hipócrita, o custo de revermos nossos conceitos sobre as coisas que nos ensinam desde que viemos ao mundo. O custo é pensarmos por nós próprios e não “comprar” pensamentos prontos que já vem manipulados com interesses específicos e arcaicos. Pensar por nós mesmos dá trabalho, e porque teríamos esse trabalho se temos todos os pensamentos e conclusões já feitos para nós “sob medida”? E que tal se pensarmos por nós mesmos uma vez que o que existe “pronto” simplesmente não funciona mais? E não funciona mesmo, quando se vêm pessoas sem abrigo a morrer de frio ou de fome – estando ou não diante dos nossos olhos. Também não funciona quando existem pessoas a lutar e a morrer na defesa dos ideais de uma minoria. Não funciona quando a sociedade doente se reflete nos índices de criminalidade, de baixa escolaridade, de filas nos hospitais. De doenças no corpo e na alma. É uma enorme conformidade e um estado por demais apático não tomarmos esses fatos como reflexos de uma sociedade doente. E sim, podemos continuar a fazer uso de paliativos, acreditando que cuidarmos apenas do nosso dia a dia e de nossa sobrevivência é o remédio para essa doença. Mas podemos também buscar a causa, ao invés de ignorarmos a doença mascarando apenas a dor que nos atinge. (Continua)

1 de out. de 2011

Vulnerabilidade

Adquiri esse hábito esquisito de me fazer sempre perguntas que de alguma forma me ajudem a identificar minhas motivações, vontades, ideais. O propósito disso é tentar de alguma maneira estar o mais “consciente” possível sobre minhas próprias atitudes e seus “por quês”, minhas escolhas e consequências.

Comecei também a observar com um pouco mais de cuidado as questões políticas, sociais e econômicas que existem a minha volta e tambem espalhadas pelo mundo. Não somos uma “espécie” que tem atitudes sem propósitos ou sem motivações por trás. Até ousaria dizer que a nossa “natureza humana” é de certa forma a fonte das nossas motivações – seja para nos fazer acordar e ir trabalhar todos os dias, seja para nos juntarmos para realizar trabalhos voluntários ou mesmo sentar no sofá para assistirmos televisão.

Deixando de lado um pouco a questão da natureza humana e as razões que fazem cada um de nós nos movermos (seja lá para o que for), muitas vezes o deixar de prestar atenção àquilo que nos motiva nos torna cegos para as possíveis consequências daquilo que fazemos ou que deixamos de fazer.

Essa “cegueira” ou “não consciência” existe tanto em nossos assuntos pessoais quanto profissionais, sociais e também políticos.

Somos como engrenagens dentro de engrenagens maiores, e quando “ligamos” nossa forma “automática” de fazermos as coisas e vivermos o nosso dia a dia, de uma forma estamos a “desligar” nossa consciência. Fica fácil quando isso acontece nos surpreendermos com fatos, atitudes ou comportamentos dos outros, eventos e etc que seriam facilmente previsíveis se estivéssemos despertos. Atentos.

Não estou aqui a pretender dizer que podemos de alguma forma prever o futuro ou termos a capacidade de controlar os acontecimentos. Nem tudo está ao alcance de nosso controle. Mas podemos sim controlarmos a nós mesmos. Tomarmos maior responsabilidade por nossas vidas, nossas escolhas e os resultados daquilo que fazemos e acreditamos.

Não sou possuidora de todas as respostas, muito menos sobre o que é certo ou errado para as pessoas além de mim. Mas sou sim detentora do que é para mim a minha própria verdade, daquilo que é correto para mim e daquilo que eu escolho acreditar.

Digo isso depois de algumas vezes ouvir sobre a minha possível arrogância e prepotência. Se de alguma maneira eu esperasse “impor” minhas opiniões para os outros, ou fazê-los ser como eu sou, veria-me obrigada a concordar com esses rótulos. Não é o caso.

O que me motiva agora em plena tarde de um agradável sábado a sentar e a escrever é a esperança e a crença de que o ser humano é essencialmente bom e capaz de usar o raciocínio próprio e individual para seu próprio benefício, desenvolvimento e crescimento. O que quer que isso represente para cada um.

Para que um raciocínio possa se formar de uma maneira ampla e sob um contexto que considere todas as hipóteses e possíveis soluções é necessário basicamente apenas duas coisas. Vontade e informação. Vontade porque sem o “querer” não se faz satisfatoriamente nada. Informação porque a falta delas conduz a um raciocínio falho e que não leva em consideração o quadro geral de um problema.

Uma fórmula bastante simples: vontade + informação = bom raciocínio ou de forma um pouco mais “ousada”: vontade + informação = inteligência.

É muito fácil e muito frequente cometermos erros graves e facilmente evitáveis em nossos julgamentos por falharmos nessa simples equação.

Uma equação que serve para dilemas pessoais, profissionais ou qualquer dilema que se apresente para nós.

Eu poderia citar inúmeros exemplos, mas creio que valeria muito mais se utilizassem vocês suas próprias experiências em julgamentos errados ou falhos que eventualmente tenham feito. Ou faltou a “vontade” de realmente se refletir sobre o assunto e tomou-se por base pensamentos alheios ou não houve conhecimento (informação) sobre o quadro geral e o contexto total da situação.

Pois bem. Vejo isso (um raciocínio falho) se repetir numa questão que estamos vivendo atualmente e ainda mais grave, observo uma manipulação sutil para que ocorra tal raciocínio falho com a devida e cuidada falta de informação. Omissão e seleção das informações veiculadas nos nossos principais sistemas de mídia.

O mundo sofreu recentemente os impactos de uma crise nos Estados Unidos devido a uma questão imobiliária. Amplamente divulgado e informado por nossos meios de comunicação.

Lamentavelmente e “convenientemente” omitidos foram as bases do sistema que fez com que tal crise decorresse.

Apenas para exemplificar de forma simples para quem tiver interesse em se aprofundar nesse assunto, recomendo a leitura do texto “Quero a Terra e mais 5% - Stephanie Relfe, Wholistic Kinesiologist”, tradução de Silviacaeiro@hotmail.com e disponível na página de internet http://www.umanovaera.com/conspiracoes/Quero_a_Terra_Mais_5.htm

Passado um período, vemos a mesma omissão e falta de informação pelos meios que supostamente deveriam nos manter informados em relação aos movimentos que tem ocorrido tanto no Brasil como no mundo.

Recentemente, na noite de 24 de setembro no Rock in Rio aqui no Brasil um “coro” de mais de cem mil pessoas manifestava-se contra Sarney, sinal no mínimo de que existe alguma insatisfação do povo com a política que está a ser feita no país.

Tambem não se “assiste” em noticiários sobre a manifestação que ocorre em Wall Street, Nova York (Estados Unidos) de milhares de pessoas e que acontece desde o dia 17 de setembro e sem data para terminar. Milhares de pessoas acampadas no protesto denominado Occupy Wall Street contra o sistema político e econômico do país.

Não se fala tão pouco sobre as inúmeras organizações e movimentos que estão a promover e divulgar as manifestações populares para o próximo dia 15 de outubro e que terá lugar em diversos países mundo afora.

Principalmente, não se fala sobre as razões para que tantas pessoas no mundo se unam em protestos e manifestações e quais são os factos que geram tamanha insatisfação.

Como falei anteriormente, não disponibilizo respostas que possam servir para outras pessoas, busco respostas para o desenvolvimento do meu próprio raciocínio e o máximo de informações para que eu possa raciocinar da forma mais eficiente possível.
Questiono a omissão dos meios que nos deveriam informar, questiono as motivações de tais omissões, questiono inclusive as bases de tanta insatisfação.

A minha conclusão (minha) é a de que um sistema que torne possível que pessoas morram por falta de alimento é no mínimo, questionável.

Soluções?

Tenho algumas que servem para minhas propostas de estudo e análises, para meus propósitos e objetivos. Material para um próximo texto.

Por: Ana Clara Agapito

Links Recomendados:

http://www.umanovaera.com/conspiracoes/Quero_a_Terra_Mais_5.htm

http://www.youtube.com/watch?v=jc_MbNcIIcY&feature=player_embedded

http://www.youtube.com/watch?v=ephQ8Y8Srkw

http://www.youtube.com/watch?v=ramBFRt1Uzk

http://www.youtube.com/watch?v=zDZFcDGpL4U&feature=share

http://www.youtube.com/watch?v=KAzhAXjUG28&feature=youtu.be

http://www.democraciarealbrasil.org/?page_id=53

http://www.ren21.net/REN21Activities/Publications/GlobalStatusReport/GSR2011/tabid/56142/Default.aspx

http://www.youtube.com/watch?v=m-pgHlB8QdQ&feature=player_embedded

http://www.ted.com/talks/lang/por_pt/mark_pagel_how_language_transformed_humanity.html

http://correiodobrasil.com.br/midia-esconde-protestos-em-wall-street/304198/