21 de out. de 2010

# 2

Make mistakes, but make it trying to hit, to be more, be better. Dream, but dream about the prospect of doing, to accomplish. Do not do anything for anybody, do it because you choose to do. There is no merit or achievement if there is no one to share. There is no life if there's no reason, no goal.

19 de out. de 2010

# 1

Vem dos recantos mais escondidos daquilo que em mim habita as certezas que trago em mim, e de nada adianta vir se o véu que crio serve de coberta e abrigo. Enxergar o abismo existente entre o saber e o fazer não transforma o homem que sabe no homem que realiza.

4 de out. de 2010

Ausência

Vou estar sem internet nos próximos dias, o que poderia ser uma "ausência", mas não é. Porque não existe ausência quando o coração está presente. :)

3 de out. de 2010

Saudades!

Essa manhã o dia não nasceu, veio chegando devagar e cinzento, molhando as ruas de Lisboa e fazendo barulho com o vento a ir de encontro com as casas e telhados, procurando saída entre becos e espaços.
Faz frio, mas um frio apenas de aviso, a dizer que isso é só o princípio, só um anúncio para dias ainda mais frios e cinzentos.
Entre blues, cafés e um ou outro cigarro, escuto o vento a dançar, a pregar sua religião do inverno que se aproxima, e desejo ter uma inspiração que simplesmente não vem.
Na cabeça, memórias de filmes e livros, de contos e de sonhos, coisas e imagens demais pra tentar colocar em alguma ordem ou pensamento consciente e organizado.
Uma casa que precisa de alguma arrumação, roupas que precisam secar mas não secam, uma vontade de sabe-se lá de quê. Um silêncio interior que conforta, uma paz interna que aconchega, uma saudade grande de pessoas queridas.
Saudade grande, mas saudade boa. Que trás lembranças doces que são como abraços. Lembranças de risadas, conversas, cafés e almoços. Casamentos, danças e do compartilhar de sofrimentos e tristezas. Sensação boa a de saber presentes ou ausentes, a certeza de estar só e nem por isso sozinha.
Mais que isso, é a sabedoria de cada momento vivido e vivido com verdade, com presença absoluta do corpo, da alma e do coração. A vontade de transmitir essa verdade, a de que a saudade é como a lareira que aquece o inverno que chega.
Talvez eu nunca tenha estado tão longe, e ao mesmo tempo, nunca tenha estado tão perto.
Estou suficientemente perto para inclusive, dar e sentir um abraço, estou dando o abraço, sentindo o abraço mesmo agora. E o que é o amor, senão isso?
(Saudades de vocês!)

2 de out. de 2010

Espelho

E ao olhar no espelho, percebeu que era gente, que era carne, osso, virtudes e defeitos. Percebeu que usava roupas, e vestia-se de atitudes e conceitos.
Percebeu que sendo gente, era também sentimentos e razões. Viu que era tanto grande quanto pequena, e que também possuía casca.
Reconheceu que era quem era, e que ser quem se é não é tarefa fácil, mas possível. Porque não é preciso sorrir sempre, às vezes chorar também é importante. Nem ser forte sempre, porque existe grande força nas fraquezas.
Olhou-se no espelho, e atrás do reflexo visto, viu também inúmeros rostos, rostos que olham por sobre seus ombros na imagem refletida – e que ajudavam a compor a imagem que então via.
Ao olhar os reflexos dos rostos e o de si, sorriu, sorriu com satisfação. Ainda mais que isso, sorriu com gratidão. Era seu reflexo, sua história, e era também as pessoas em seu coração.