18 de out. de 2016

Bum!

Tenho universos para escrever. São como Big Bangs em colapso às vezes, que se atropelam nas palavras soltas e pensamentos incontinuos, que por vezes conectam-se lá na frente, outras vezes transformam-se em autênticos buracos negros onde há muito conteúdo e potencial mas de alguma forma ficam submersos em si mesmos e engolem-se, sugam para dentro teorias e acumulam um conhecimento que não sai à superficie e adensa-se no interior.
Nietzsche dizia que é preciso caos para parir uma estrela. Por vezes talvez tenhamos que provocar o caos (mudanças) para gerar novas possibilidades.
Acredito que cada ser possui os seus próprios buracos negros, uma somatória de experiências, sonhos, pensamentos, sentimentos e desejos acumulados não realizados ou satisfeitos, prontos para gerar um Big Bang quando estimulados através do caos.
Galáxias podem se formar assim, o quê dizer então sobre transformações no ser? Na vida?
O caos necessário para gerar a estrela pode ser a mudança necessária para gerar a vida em seu potencial máximo.
Um caos não basta - seria o mesmo que limitar o universo infinito.
Até onde se pode ir?
Qual o limite do que se pode conquistar interiormente?
Quem decretou que há limite?
Enquanto houver vida, enquanto houver vontade, o limite é o desejo de cada um e nada mais.