30 de set. de 2010

Liberdade

Eu quero a inocência que carrego no meu coração. A doce ingenuidade de acreditar na vida, nas pessoas, no amor. Quero a beleza do instante e a certeza do momento presente. Como criança, quero sentir a curiosidade doce e intensa de quem vê tudo como se fosse pela primeira vez. Se eu tropeçar e se doer, que eu sinta toda a dor que sentir, sem preocupar-me em esconder minhas lágrimas. Se eu sentir medo, que não seja nunca o medo um impedimento para mim. Quero ao meu lado as pessoas que ao meu lado quiserem estar. Que seja pelo prazer da minha companhia, jamais pela necessidade, vício ou dependência. Que não haja a necessidade de certo ou de errado, uma vez que cada um é em si mesmo um universo com verdades distintas. Quero amar as pessoas que amo, independente de obter de volta ou não algum amor. Amo porque amo, e não porque espero. Que a vida seja o que é, e que seja sem limitações, sem projeções, sem contenções ou resignações. Eu quero ser quem eu sou, nada além, nada aquém. Ao meu redor, só quero aqueles que desejem estar a minha volta. Façamos um trato, e que este perdure. Não existem obrigações, não existem imposições. Esteja quando quiser estar. Seja você quem você for, quem é. Vá quando quiser ir, fique quando quiser ficar. Que não existam jogos de egos ou vaidades, que não existam explicações ou justificativas. Se eu não puder amá-lo por quem você é e pelo que você deseja ser ou ter, eu jamais serei capaz de amar verdadeiramente. Não desejo fazer do amor que sinto uma prisão que te separe do mundo, ou um espaço para limitar seus horizontes. Desejo que meu amor seja mais como uma brisa suave, que possa impulsionar o teu vôo. E só quando você sentir-se pleno de liberdade é que estar junto de alguém será um verdadeiro querer.

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