15 de dez. de 2011

Verdade


É desassossego o que eu carrego na alma. Desassossego por não concordar com o que é nos imposto como certo, quando somos capazes de descobrir por nós mesmos o que nos faz sentido.

A análise constante sobre cada ato, cada passo, cada ação ou reação que eu tenho, as motivações que se escondem por trás das minhas próprias justificativas e o me saber capaz de fazer melhor são meus guias.

É esse mesmo desassossego, essa mesma inquietação e a minha incapacidade de conformar-me comigo sendo menos do que o meu “potencial para ser” que me fazem encontrar em mim mesma meu refúgio e conforto e também o meu próprio inferno.

O mundo que nos rodeia nem sempre foi “moldado” por nós, mas por todos aqueles que estão a nossa volta e que aqui estiveram antes de nós. Aceitarmos as coisas que “já vieram prontas” tanto pode ser uma sabedoria para proporcionar certa paz de espírito e calma, como pode ser o refúgio e a desculpa para não lidarmos com nossos próprios receios.

Deixo como exemplo uma reflexão.

Não são os nomes, títulos ou conceitos que nos fazem relacionarmos com as pessoas. São o nosso carinho, respeito e afinidade por cada pessoa que está a nossa volta. Ninguém tem a “obrigação” de romper uma amizade por ter se sentido incompreendido, ninguém “precisa” brigar por se ter sentido ofendido.

Isso são “conceitos”.

E como pessoas, somos mais que os conceitos que nos ensinaram. Somos capazes de aprendermos a “ler” nossas próprias verdades e o que nos vai ao coração.

Pode-se mudar o “nome” das coisas, o sentimento só “precisa” mudar se for essa a nossa escolha. Não há verdade nem importância maior do que aquelas que carregamos dentro de nós.

“O caminho faz-se ao caminhar”, mas para que sejamos capazes de traçar nossos próprios caminhos, é preciso aprender a ter a coragem de comandar nossos próprios passos.

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