6 de dez. de 2011

Meu mundo


Eu vi um mundo diferente, uma vez.

Olhei através de uma fechadura, e vislumbrei um universo de possibilidades, cores, formas e belezas que me fizeram perder o fôlego e alterar toda a minha realidade.

Eu vislumbrei por uma fresta o potencial de uma humanidade diferente, de tudo que poderia ser real e possível, se nos concedêssemos o direito de “ousar”.

Talvez esse universo seja o mesmo que eu via quando criança, e que me fazia rir tantas vezes sozinha.

Ao longo do tempo, talvez por ter aprendido a duvidar, as portas e frestas se tornaram distantes, esquecidas, até novamente eu me deparar com as possibilidades que eu havia aprendido a esquecer.

As possibilidades sempre estarão à nossa frente, sempre existirão frestas à espera de serem redescobertas, mas é preciso coragem para olhar por elas, é preciso deixar de lado o que aprendemos e nos permitirmos não saber mais, apenas descobrir.

Eu vi um mundo diferente, repleto de possibilidades e de cores. Um mundo tão diferente e tão fantástico, onde nenhum sentimento que não fosse repleto de beleza e plenitude poderia entrar. Um mundo não de imaginação, mas de um real até então apenas imaginado nos sonhos mais loucos e incríveis.

Eu vi um universo por trás de uma fechadura, e fiquei como um louco que anda a beira de um precipício, me perguntando se valeria mais a certeza do chão sob meus pés ou se o salto poderia se transformar num vôo de liberdade, ainda que eu me reconhecesse sem asas.

Quando algumas coisas são vistas, descobertas, não há caminho de volta. Não há retorno possível. “A mente que se expande com uma idéia jamais retorna ao seu tamanho original” já dizia Einstein.

É como escalar uma montanha, ou andar através de deserto. Quando se está no meio do caminho, a única opção possível é seguir em frente.

Todas as nossas escolhas nos levam à consequências, algumas mais previsíveis, outras menos. A única forma que temos de evitar arrependimentos ou escolhas erradas, é seguirmos as escolhas dos nossos corações, da nossa própria verdade.

E a minha verdade, é a de um universo colorido, onde eu tenho asas e os elefantes são cor de rosa e cantam sorrindo.

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