11 de dez. de 2011

Maturidade


Sou, sem dúvida, a pessoa mais “imatura” que conheço. Para mim, respeito é importante, tanto quanto o amor e quanto o apoio.

É uma grande “imaturidade” a minha, pois sou daquelas pessoas que acredita que quando se ama, se quer o bem do ser amado, se quer a felicidade do mesmo.

Uma grande, enorme “imaturidade” a minha, porque acredito que o importante quando uma decisão difícil é tomada, é ouvir algo como “só quero que você seja feliz, conte comigo para o que for preciso”. Mas isso é bobagem, é só parte da minha imaturidade.

A mesma “imaturidade” que me diz que apenas nós mesmos podemos conhecer aquilo que nos vai na alma, no coração, e qual o melhor caminho que podemos trilhar.

Essa mesma “imaturidade” é o que me mostra quantas vezes as pessoas preferem “conhecer a verdade e as melhores alternativas” do que apenas oferecer um abraço, um conforto.

É também, essa “imaturidade” que me faz acreditar que às vezes, o caminho solitário, fechado, vazio, é o mais certo, pois não está sujeito às analises, julgamentos, aprovações ou “sugestões” do que e de como as coisas deveriam ser.

Essa “imaturidade” também me faz sentir uma solidão que é irremediável, a solidão que se sente quando o que se tem são “julgamentos” sobre as coisas ao invés de uma mão que se estende.

Por ser assim, tão “imatura”, já desisti de contar com compreensão, e sinto como se apenas um “boa sorte” já fosse suficiente, não acredito que eu fosse precisar muito mais do que isso.

Sou “imatura” demais na minha visão do que é o amor, e de como ele deveria ser. Sou “imatura” demais nas questões da vida, ao reconhecer que do futuro, nada, absolutamente nada eu sei.

“Imatura” o bastante, para reconhecer que não sei nem o que será de mim mesma, quanto mais para “tentar” saber o que seria melhor para outra pessoa.

E por ser assim, “imatura”, “infantil”, e viver uma espécie de “adolescência tardia”, penso que as pessoas fazem todas, apenas o melhor que podem, e na minha imaturidade, amo cada uma delas com todo o meu amor, sem que a minha visão de como as coisas “deveriam ser” seja maior do que o respeito ou o amor que sinto por elas.

E assim, na minha “loucura”, na minha “inconsequência”, desejo que as pessoas sejam sim, sempre, o mais feliz que puderem, que se permitam “quebrar as regras” do que pode parecer ser o mais “certo”, para que se lembrem, ao menos uma vez ou outra, de serem elas mesmas.

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