5 de dez. de 2016

Tempo

Não sei que tempo é este. Para minha vida, para minha evolução, para minha alma... que tempo é este?
Vou lembrar-me dele um dia?
Ou irá se perpetuar sempre?
Tantos planos e tantas vontades, enquanto algo sussurra cá dentro: "espera".
Talvez não seja bem "espera", talvez seja mais "aproveita".
Aproveitar este instante imóvel onde permito-me sentar embaixo de um pinheiro com as pernas esticadas para esse sol de inverno, observo a calma ao redor. Os problemas estão todos cá, é facto, mas ainda assim dou-me ao luxo absurdo de permitir-me estar... esperar... aproveitar.
Se tola ou sábia não sei, importa?
Sempre há algo que falta, sempre há algo que quero, sempre há alguma dificuldade ou problema qualquer... importa?
Ou importa mais o que eu faço dos meus dias? Dos meus instantes imóveis?
Percebo ao longe que alguem está a podar alguma árvore  (ou cortam lenha), passarinhos que cantam, sombras que vem e que vão. A vida tornou-se simples, finalmente. Ou será que fui eu?
Apareceu uma borboleta. Uma joaninha. Uma aranha.
Caiu uma laranja no chão.
Que tempo é este não sei... mas aproveito.

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