15 de ago. de 2011

Temporal

Temporal

Aceitar o estado final de uma vida
Onde ao pó retorna os dias já vividos
O ciclo final da estrada percorrida
O término dos anos e dias já lá idos.

Observo do espelho o reflexo
Não vejo a mim, só a uma história
Um trajeto pouco complexo
Do que se recorda minha memória.

Sou a filha de minha mãe, filha de meu pai
Sou irmã dos meus irmãos,
Não os vejo não sei quanto tempo já lá se vai
Sou a sobra de meus pensamentos sãos.

Neta dos meus avós, nascida em minha terra
Sou o destino nas linhas das minhas mãos
Sou minha paz em meus tempos de guerra
Sou meus “sims” e meus “se-nãos”.

Sou pó em uma forma temporária,
Vou talvez ser lembrança um dia,
Frágil mas não temerária,
Sou o calor da minha futura cova fria.

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