11 de jul. de 2010

Quadrados

Somos feios, muito, muito feios. Nossas formas são ponteagudas, afiadas e irregulares. Somos pedras com camadas de ilusões para disfarçar nossa aparência até de nós mesmos. Egoístas e cegos, apalpando e mendigando por quem veja em nós uma beleza que não existe. Somos extremamente iguais, disfarçamos é a nossa superfície.
Amor (paixão) é necessidade. Amor, amor mesmo, é simples, sem nenhum tamanho, sem nada, só é.
E pode não ser nada.
Uma pedra que ama não deixa de ser pedra, reconhece a pedra que é.
E sou pedra.
E quem diz que não é?

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