2 de jul. de 2022

Naquele instante

Agora a tentar racionalizar eu já nem sei bem se foi apenas sonho
O tempo e todos os sentimentos que me abraçaram aquele dia
Sei apenas que depois acordou me o pesadelo medonho
E tudo que havíamos partilhado e sentido já não mais existia

Mas se fecho os olhos e me permito apenas sentir e lembrar
Nenhuma realidade antes pôde ser mais forte ou mais real
O castigo é ter como companhia apenas o mero recordar
Como se fosse possível beber veneno sem um resultado fatal

E que ingenuidade absurda foi a minha naquele instante...
Esperando conter todos os sentidos do mundo em um segundo
Sem depois sentir o peso e a ausência do ser distante
Esperando um desfecho melhor que me pudesse mudar o mundo

E que ingenuidade absurda foi a minha naquele instante...
A sorrir com o coração, a vibrar com toda a minha alma
Como se o destino não castigasse sempre quem foi amante
Como se pudesse existir dentro do meu peito depois qualquer calma...

E que ingenuidade absurda foi a minha naquele instante...
E que ingenuidade absurda foi a minha naquele instante.



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