25 de abr. de 2017

Amor

Amor, eu não sou nada.
Sou ninguém, quando consigo ir para além da casca que me cerca, que me prende e tanto aprisiona.
Vivo, porque assim tem que ser e é, mas a pulsação do que sinto transcende o meu viver – é sim, Amor.
As dores, os medos, as dúvidas, incertezas, problemas, é tudo casca, Amor. Tudo temporário, tudo ilusão. Posso, claro, escolher “ser” a casca que me cerca ou então ser para além dela, o que em essência e verdade eu já sou, Amor.
Uma corda de equilibrista, um malabarista, um ser a caminhar entre escolhas e estradas tortas, escolhas e consequências, problemas e aflições, pensamentos e dúvidas... só casca, Amor.
E quão difícil é romper tal casca! Quão difícil é “ser” para além do apego da casca que prende, que ilude, que contamina. Pois é, Amor. A “matéria” é a tragédia da vida, a essência da matéria a salvação (Amor).
Agape

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