10 de fev. de 2016

Tudo a seu tempo

Existe uma ausência que é leve, doce... a ausência do querer, a ausência dos planos, a ausência que traduz o ser satisfeito.
Satisfeito com a vida e com o que ela proporciona, com quaisquer resultados e acontecimentos que venham ou que deixem de vir.
Todos os caminhos antes percorridos trouxeram-me aqui. Não é o sítio, não é a cidade... é o estado de espírito. Peças que se unem em um puzzle que se faz completo, abre uma paisagem infinita e de infinitas possibilidades – tanto faz se alguma delas se fará vivida ou não.
Nunca houve destino, nunca houve o lugar para se chegar – mas só agora percebo que nunca houve e que igualmente, também nunca importou. Sem qualquer desejo de chegar a lugar algum, sem qualquer vontade de conquistar coisa alguma... apenas a trajetória – a vida!
Não são objectivos... não há objectivos pra além dos caminhos que conduzem à cada um deles...
Leveza... paz... mas não uma leveza indiferente. Uma leveza plena, feliz, realizada.

Demorei... demorei à chegar e foi um trajeto tortuoso. Se permaneço por muito tempo ou não, também não sei... Mas cheguei aonde queria. Cheguei em mim! E afinal, a felicidade existe. E sempre esteve cá.

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