22 de fev. de 2016

Lisboa


Fecho os olhos enquanto caminho... Lisboa, ah Lisboa! Como é que me tens tanto...
Quanto mais caminho, mais quero levar minhas pernas à exaustão, como se o tempo estivesse sempre a correr contra nós... como se houvesse pressa e urgência em percorrer cada canto e recanto dessas ruas estreitas e das avenidas largas... Deixo-me guiar pela idéia de um destino, mas sinto-me livre o bastante para deixar que me guies à mim, seja lá para onde for... Penso no Camões, vou parar na Gulbenkian sem querer... e tudo é lindo e cheio de sentido, não faz mal se não fui dar aonde eu queria... fui parar onde quiseste que eu fosse.
Por que, Lisboa, por quê?
Caminho e pareço querer engolir-te com meus passos, enquanto és tu que engoles à mim...
Paro numa esplanada, peço um café e tudo que quero é chorar a saudade que me dás. Saudade de não sei o quê! Saudade de não sei quando...
Sou um fantasma pelas ruas de Lisboa... Lisboa é um fantasma dentro de mim...

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