3 de jul. de 2015

Sensações

As vezes acontece. Sensações, sentimentos. Sentir a falta dos amigos que afastei, e mais ainda dos que não fiz.
Estar como agora (e tantas vezes) a escrever e a sentir, sentindo que seria bom sentir um olhar pousado em mim de compreensão ou empatia.
Possuo não sei desde quando, nem desde onde, esse mundo que às vezes salta de dentro de mim por sobre mim, e me toma por entre pensamentos e silêncios de tudo que é, ou foi, ou vai ser, ou poderia ter sido ou vir a ser.
E sinto o vento no rosto enquanto vou escrevendo, vejo as velas dos barcos a balançar no mar e um ou outro passarinho que quase pousa a minha frente e faço parte de tudo, do todo, mas de uma forma particular. Íntima.
E às vezes esse mundo pede pra ser visto, pede pra ser dividido, mas existe só aqui dentro... como dividir?
Se não for através de um mudo entendimento, de uma silenciosa compreensão que suporte todas as mais variáveis e possíveis interpretações, ilusões e encantamentos, como dividir?
Tão mais fácil o distanciamento das ilusões...
Tão mais frágil a certeza absoluta, o conhecimento que não possibilita as interpretações... Os fatos e as certezas. Que são muito mais úteis, mais sábios, mais maduros. Mas melhores?
É sem dúvida um mundo lindo. Este e todos os mundos. Mas às vezes, um tanto carente das cores das ilusões.

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