13 de mai. de 2013

Primavera



É assim... caminha-se um longo caminho, fazem-se as mais arriscadas escaladas, arranham-se e dobram-se os joelhos... vem o cansaço e a exaustão, e fica difícil ver a possibilidade do amanhã chegar em um dia de sol e sossego. Mas o dia chega.

Os joelhos se curam, as pernas suportam, a mente relaxa. O sol nasce. Quantas viagens, quantas paisagens, quantos caminhos foram feitos? Quantas e quantas histórias para relembrar, para contar...

Mas um dia, o dia nasce diferente. Nasce repleto de possibilidades, e as conquistas obtidas são vistas, assimiladas, digeridas.

Nasce outra vez o sossego e a certeza de tudo estar bem, de tudo estar certo. De ter valido a pena e ter chegado a um fim para que outro novo começo possa surgir.

Hoje deposito as armas da luta ao chão sem derrota e sem alarde, mas com o sentimento de gratidão pela batalha ter acontecido e por todos terem sobrevivido. Uma trajetória cumprida, um sonho realizado, uma experiência adquirida.

Chega o tempo de outros planos, chega a vontade de parar de escalar e escolher um caminho plano, com rios e árvores para apreciar. E deixa de ser tão importante se os passos terão companhia de outros passos, pois somos todos observadores daqueles a quem amamos sem a necessidade de trilharmos as mesmas trilhas para aprendermos a partilhá-las.

Chega um novo tempo. Um tempo mais pleno, um tempo que escolho. Chegou o meu tempo. Mais uma casca rompida, mais uma semente a brotar.

Chegou a primavera em mim. E a aceito... assim, floresço.

Bom dia!

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