Há tempos de caminhar, de buscar. Impor a nós mesmos limites
que podemos a primeira vista acreditar intransponíveis, criar propósitos que
nos desafiam a ser maiores, melhores.
Há tempos de quebrar barreiras, de voar, de descobrirmos do
que realmente somos capazes. Isso faz com que as portas da própria vida nos
sejam abertas, nos faz sentir o sangue que nos corre pelas veias, nos faz
sentir o coração bater, o ar fluir, a vida acontecer.
E há também tempos de reconhecermos os passos que já demos,
as lutas que travamos, as escolhas que fizemos e os objetivos conquistados. Há
tempos para aprendermos que não somos invencíveis, que existem limites que são
realmente limites – nossos próprios limites. Há tempos para reconhecermos
nossos valores por nosso próprio valor, tempos de acalmar os passos, apreciar o
caminho feito, olhar a nossa volta e escolher uma paragem.
Não é fácil parar quando nos acostumamos com o ritmo de
caminhar, não é fácil caminhar quando o próprio caminho pede por tempo e
paciência. Não é fácil escolher quando as alternativas são todas, quando o
mundo está aberto e suas escolhas dependem unicamente de você, sem muletas ou
sem amarras.
Talvez a verdadeira sabedoria consista em reconhecer o tempo
de cada coisa, aceitar o tempo que chega sem apreensão e sem medo, confiar em
nosso próprio julgamento e capacidade, e oferecer ao tempo que chega o melhor
do que somos e que nos tornamos.
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