Sou, sem dúvida, a pessoa mais “imatura” que conheço. Para
mim, respeito é importante, tanto quanto o amor e quanto o apoio.
É uma grande “imaturidade”
a minha, pois sou daquelas pessoas que acredita que quando se ama, se quer o
bem do ser amado, se quer a felicidade do mesmo.
Uma grande, enorme “imaturidade” a minha, porque acredito
que o importante quando uma decisão difícil é tomada, é ouvir algo como “só
quero que você seja feliz, conte comigo para o que for preciso”. Mas isso é
bobagem, é só parte da minha imaturidade.
A mesma “imaturidade” que me diz que apenas nós mesmos
podemos conhecer aquilo que nos vai na alma, no coração, e qual o melhor
caminho que podemos trilhar.
Essa mesma “imaturidade” é o que me mostra quantas vezes as
pessoas preferem “conhecer a verdade e as melhores alternativas” do que apenas
oferecer um abraço, um conforto.
É também, essa “imaturidade” que me faz acreditar que às
vezes, o caminho solitário, fechado, vazio, é o mais certo, pois não está
sujeito às analises, julgamentos, aprovações ou “sugestões” do que e de como as
coisas deveriam ser.
Essa “imaturidade” também me faz sentir uma solidão que é
irremediável, a solidão que se sente quando o que se tem são “julgamentos”
sobre as coisas ao invés de uma mão que se estende.
Por ser assim, tão “imatura”, já desisti de contar com
compreensão, e sinto como se apenas um “boa sorte” já fosse suficiente, não
acredito que eu fosse precisar muito mais do que isso.
Sou “imatura” demais na minha visão do que é o amor, e de
como ele deveria ser. Sou “imatura” demais nas questões da vida, ao reconhecer
que do futuro, nada, absolutamente nada eu sei.
“Imatura” o bastante, para
reconhecer que não sei nem o que será de mim mesma, quanto mais para “tentar”
saber o que seria melhor para outra pessoa.
E por ser assim, “imatura”, “infantil”, e viver uma espécie
de “adolescência tardia”, penso que as pessoas fazem todas, apenas o melhor que
podem, e na minha imaturidade, amo cada uma delas com todo o meu amor, sem que a
minha visão de como as coisas “deveriam ser” seja maior do que o respeito ou o
amor que sinto por elas.
E assim, na minha “loucura”, na minha “inconsequência”,
desejo que as pessoas sejam sim, sempre, o mais feliz que puderem, que se
permitam “quebrar as regras” do que pode parecer ser o mais “certo”, para que
se lembrem, ao menos uma vez ou outra, de serem elas mesmas.
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