Tenho que aprender na prática, as coisas que dentro de mim
eu já sei. Tenho que me lembrar de que por mais difícil que às vezes seja o
caminho, não existe nenhuma “chegada” que seja importante, mas a forma com que
eu dou meus passos.
Preciso ter em mente, que por melhores e mais importantes
que sejam as pessoas que eu encontre enquanto caminho, também elas tem um
caminho a seguir, e outras paisagens para descobrir, assim como eu.
Tem muita coisa que preciso aprender a respeitar e entender
sobre mim mesma, e que nem sempre o que me parece certo, será certo para quem
estiver a minha volta.
Todas as escolhas e decisões que são feitas sempre
envolverão riscos, e perdas. E nenhum “ganho” será certo, a não ser o ganho da
experiência, da consciência, e o olhar para as paisagens que eu, por mim mesma,
for capaz de descobrir.
Muitas coisas ainda preciso aprender, e não quero carregar
dentro de mim sonhos, esperanças ou expectativas que só se tornarão pesos em
minhas costas enquanto caminho.
Preciso aprender a encontrar meu próprio ritmo de caminhar,
e para isso, devo tornar-me o mais leve que eu puder.
Preciso aprender e a reconhecer que a falta de esperanças,
de expectativas e de sonhos não é dor, nem ausência de força ou motivação, mas
aceitação e espaço para saber apreciar a beleza existente nas menores coisas e
que estão sempre a nossa volta.
O que peço durante minha caminhada, é que eu não me torne tão
dura que não seja capaz de reconhecer a doçura, e nem tão sem defesa que a
mínima brisa possa me fazer perder a coragem de prosseguir.
Que eu seja capaz de dentro deste silêncio, encontrar meu
próprio equilíbrio e prosseguir meu caminho.
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