Louca.
Patologicamente e irremediavelmente, insana.
Louca, por amar sem querer ou esperar nada, absolutamente nada, em troca.
Por trabalhar muito mais por amor, por ideologia e por princípios, que por dinheiro ou reconhecimento.
Por partilhar totalmente quem eu sou, sem pudores, proteções ou receios - mesmo com quem não merece.
Louca, por seguir o que sinto e que acredito ao invés de seguir os caminhos prontos ou moralmente mais seguros ou aceitáveis.
Por acreditar piamente que no final das contas, de todas elas, sobrarão apenas eu e meu Deus, minha consciência, e que não há maior rigor em um juiz que é a minha própria consciência.
Louca, porque prefiro ser o melhor que posso ser a cada e todo instante. Se eu não puder ser o meu melhor, para quê e quem então seria eu?