É assim... caminha-se um longo caminho, fazem-se as mais
arriscadas escaladas, arranham-se e dobram-se os joelhos... vem o cansaço e a
exaustão, e fica difícil ver a possibilidade do amanhã chegar em um dia de sol
e sossego. Mas o dia chega.
Os joelhos se curam, as pernas suportam, a mente relaxa. O
sol nasce. Quantas viagens, quantas paisagens, quantos caminhos foram feitos?
Quantas e quantas histórias para relembrar, para contar...
Mas um dia, o dia nasce diferente. Nasce repleto de
possibilidades, e as conquistas obtidas são vistas, assimiladas, digeridas.
Nasce outra vez o sossego e a certeza de tudo estar bem, de
tudo estar certo. De ter valido a pena e ter chegado a um fim para que outro
novo começo possa surgir.
Hoje deposito as armas da luta ao chão sem derrota e sem
alarde, mas com o sentimento de gratidão pela batalha ter acontecido e por
todos terem sobrevivido. Uma trajetória cumprida, um sonho realizado, uma
experiência adquirida.
Chega o tempo de outros planos, chega a vontade de parar de
escalar e escolher um caminho plano, com rios e árvores para apreciar. E deixa
de ser tão importante se os passos terão companhia de outros passos, pois somos
todos observadores daqueles a quem amamos sem a necessidade de trilharmos as
mesmas trilhas para aprendermos a partilhá-las.
Chega um novo tempo. Um tempo mais pleno, um tempo que
escolho. Chegou o meu tempo. Mais uma casca rompida, mais uma semente a brotar.
Chegou a primavera em mim. E a aceito... assim, floresço.
Bom dia!
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