Quem poderá dizer sobre caminhos certos, sobre escolhas
erradas, sobre o que faz bem ou sobre o que faz mal? Quem poderá julgar-se tão
sabedor, tão conhecedor para saber do futuro o que nem o próprio futuro sabe
ainda?
Cada um carrega seu próprio coração, sua própria história,
suas dores, experiências, mágoas, sonhos, ilusões e esperanças. Cada um luta
sua própria batalha, as vezes vencendo a si mesmo, as vezes perdendo um pedaço
do que carrega lá dentro – mas seguir em frente é a grande arte da vida – a arte
de reconstruir, aperfeiçoar, acreditar.
Quando pensarmos que sabemos, será quando saberemos menos –
será quando poderemos nos enganar mais. O não saber exige desprendimento,
coragem, virtude e fé. O não saber exige vitalidade, confiança, esperança, pureza.
O não saber e tentar exige que esteja aceso e vivo em nós o espírito que
tínhamos quando éramos crianças e descobríamos o mundo, investigávamos as
coisas com a leveza, inocência e falta de pretensão que só uma criança sabe
ter.
O mundo pode ser grande, as pessoas podem ser muitas e
desconhecidas, o Universo pode ser todo ele um grande mistério e uma incógnita –
mas cabe a nós a forma com que o vamos vivenciar e descobrir.
Sempre haverá dúvidas, tropeços, caminhos difíceis e quem
sabe até algumas quedas e ossos partidos – se isso será razão suficiente ou não
para nos fazer perder a chama existente dentro de nós é uma decisão única e
pessoal.
Honro aqueles que não deixam a chama se apagar, saúdo
aqueles que seguem adiante, que não se deixam abater e tentam ainda que as
vezes com algum esforço, sorrir. Um dia os sorrisos que podem custar um pouco
agora sairão fáceis, genuínos e abundantes – como o sorriso de qualquer
criança.
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