Platão disse: “Só os mortos conhecem o fim da guerra”.
Existem diversos
tipos de guerra, a que travamos em nosso dia a dia para nossa
sobrevivência, a que travamos com nós mesmos, ou a que enfrentamos por
nossos objetivos ou ideais. Guerras realmente importantes são aquelas
que escolhemos lutar, as que nos fazem sentido. Abandonar uma guerra que
em algum momento foi nossa escolha nunca é uma decisão
fácil, implica na desistência de uma batalha por uma guerra que se
tornou mais importante para nós. Quando desistimos de um trabalho, de um
relacionamento ou de um sonho, estamos a assumir uma derrota em uma
batalha por uma guerra maior – a de conquistarmos algo mais importante
naquele instante.
Ao longo da vida escolhemos nossos caminhos,
nossas batalhas, a bandeira que defendemos e os ideais que buscamos, um
processo que deixa atrás de si alguns feridos e alguns mortos, pessoas
que se distanciam, se esquecem, pequenas lápides no cemitério de nossas
lembranças. Teremos durante nossa guerra os heróis e os desertores no
exército de pessoas que cruzam nossas vidas, poderemos ou não ter nossos
mártires, salvadores e traidores – mas seremos sempre nós a comandar e a
decidir as batalhas que iremos lutar. E sempre haverão batalhas, sempre
haverão vitórias e sempre haverão perdas.
Como disse Platão, “Só os mortos conhecem o fim da guerra”; acrescento que: “somos nós a decidir o fim de uma batalha”.
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